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Depois das 18h | 9/5/2014
Gentileza, sim!
Você sabia que pequenas ações (gentis, carinhosas) podem melhorar a produtividade e a motivação da sua empresa?

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Gentileza gera gentileza. Essa é provavelmente uma das frases feitas mais famosas. E, em um cenário cada vez mais competitivo no mercado de trabalho, relembrar essa frase tão simples parece ser uma necessidade cada vez maior.


Para entendermos um pouco melhor como a gentileza interfere nas relações humanas, basta analisar o significado da palavra: “s.f. Delicadeza, amabilidade, cortesia: cumula os hóspedes de gentilezas. / Graça, elegância, galanteria, garbo: ninguém o excede em gentileza”.


Mas o que isso tem a ver com as relações interpessoais no mercado de trabalho? De acordo com o palestrante e especialista em gentileza corporativa Luiz Gabriel Tiago (ou Sr. Gentileza), essa relação é na verdade essencial para qualquer empresa que queira alcançar resultados, especialmente com a mistura de gerações dentro das organizações atualmente. O problema é que, paralelamente a essa necessidade, as pessoas parecem estar cada vez mais desacostumadas com os atos gentis.


“Com o avanço tecnológico e a globalização, aproveitamos nosso tempo para produzir mais, aumentar resultados e ultrapassar as metas, atropelando toda e qualquer prática gentil”, comenta.


A sensação de “escassez” de gentileza dentro das organizações parece ser algo cada vez mais comum, especialmente naquelas companhias que enfrentam o desafio de aumentar a produtividade e manter o bem-estar de seus colaboradores simultaneamente.


Na opinião do Sr. Gentileza, essa ineficiência em promover um ambiente de trabalho gentil também colabora com o aumento dos índices de assédio moral e estresse dos funcionários. “Todos os sintomas de mal-estar relacionados ao trabalho poderiam ser minimizados ou evitados se as pessoas encontrassem no ambiente profissional apoio humano e suporte emocional por parte de seus colegas e líderes. Ser gentil no trabalho é apoiar, saber ouvir, ser solidário e servir de exemplo.”


A máxima de que “gentileza gera gentileza” também pode acontecer com o oposto, ou seja, grosseria gerando grosseria, o que é prejudicial para os colaboradores e para os resultados da companhia como um todo. Segundo a coach e psicóloga Yara Leal de Carvalho, a ausência desse convívio sadio pode abalar a autoestima de uma equipe inteira e provocar insegurança com relação ao trabalho realizado. “Se os profissionais são tratados de forma ríspida e agressiva, o clima da área e da empresa não será favorável para que cada um faça o seu melhor no trabalho, e isso pode abalar os resultados”, explica.


O sentimento de que a falta de gentileza também está afetando a cultura organizacional é compartilhado pelas organizações. O resultado de um ambiente “não gentil” pode ser traduzido em queda de produtividade e resultados e, principalmente, na falta de entrosamento da equipe. O diretor-executivo do Grupo Empreza, Adriano Araujo, diz: “Trabalhamos com a política de portas abertas, incentivamos os colaboradores a manter sempre uma comunicação clara e direta com a alta direção. Essa transparência nos ajuda a garantir que as decisões e o modelo de gestão estejam alinhados com os nossos valores, combatendo qualquer tipo de assédio”, comenta Araujo.


Esse também é o caso da Alltech: o primeiro passo para reduzir os impactos negativos para o negócio é trabalhar o incentivo de ações colaborativas entre os funcionários como ação estratégica de crescimento, como destaca a gerente de marketing, Letícia Marodin.


Nesse cenário, a área de RH começa a servir como exemplo a ser seguido. “As lideranças da empresa precisam ser influenciadas com boas ações de gentileza, para que isso tenha um desdobramento em todos os níveis e para que todos entendam os benefícios que, juntos, podem obter”, coloca o diretor-executivo do Grupo Empreza.


A gentileza traduzida em ações


Dentre as diversas ações que as empresas estão desenvolvendo para fazer com que a gentileza seja algo mais comum no dia a dia corporativo, algumas se destacam. No caso da Alltech, desenvolvem-se diversos tipos de campanhas solidárias e ações que unam e valorizem os colaboradores. “Ainda neste primeiro semestre, a comunicação interna da Alltech irá lançar uma ação com o objetivo de trabalhar o tema ‘Gentileza gera gentileza’, em que cada colaborador deverá contar uma gentileza feita por algum colega; após uma seleção da melhor história, o ganhador será quem promoveu a gentileza. É um pequeno gesto para instigar que boas ações sejam praticadas e reconhecidas”, conta Letícia.


Outro exemplo é a Dimep, que, além de se preocupar com ações de promoção da qualidade de vida, também aprendeu a trabalhar com as adversidades causadas pelas condições climáticas. O diretor de qualidade da companhia, José Carlos Seixinho, explica que, por estar localizada em um local que pode ser atingido por enchentes, a empresa disponibiliza um caminhão para que os funcionários da Dimep e de empresas próximas possam sair com maior rapidez e segurança: “Acredito que os funcionários se sentem valorizados e respeitados, pois demonstramos preocupação e respeito por eles”.


Na opinião do diretor de comunicação da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), Igor Cozzo, uma empresa que tenha a gentileza enraizada em sua cultura organizacional não só aumenta produtividade e os resultados positivos como também diminui o turnover e os casos de doenças psicossomáticas desenvolvidas pelos colaboradores em consequência do aumento do estresse.


A responsabilidade também é individual


Não são apenas as empresas que precisam aprender a ser mais gentis; essa responsabilidade também é dos colaboradores como indivíduos. Tanto Yara quanto o Sr. Gentileza acreditam que, para compor um ambiente de trabalho melhor, a pessoa pode começar a praticar pequenas ações em casa e até mesmo com estranhos. É a velha e conhecida máxima de que palavras simples como “bom dia”, “obrigado” e “por favor” já fazem uma grande diferença nas relações interpessoais.


Na opinião do Sr. Gentileza, são ações como essas que começam a fazer a diferença dentro das organizações. “A relação ‘gentileza & resultados’ está cada vez mais estreita e, felizmente, algumas corporações e gestores têm se dado conta da sua importância. Como produzir e atingir metas sem a felicidade no trabalho? Não se trata de um assunto utópico, hoje a gentileza é uma necessidade.”


Yara também acredita que é mais fácil e agradável ser gentil do que conviver com o mau humor contínuo, já que estudos comprovam que o comportamento positivo libera dopamina, o neurotransmissor que provoca bem-estar. “Cito uma frase do teólogo Albert Schweitzer para finalizar: ‘Assim como o sol derrete o gelo, a gentileza evapora mal-entendidos, desconfianças e hostilidade’”.



Tags:  gentileza, ações, empresa,





 

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